domingo, 28 de dezembro de 2008

Balanço

Como escrevi no início da época, paciência seria determinante para que o Benfica pudesse crescer como equipa.
Que os previsíveis deslizes deveriam ser encarados como tropeções inevitáveis de quem aprende a andar.
Assim foi.
Os adeptos souberam resistir sem sobressaltos a uma decepcionante carreira na UEFA e a uma prematura eliminção da Taça.
Curiosamente é agora, neste fim de ano que o Benfica comemora em 1º lugar na Liga, que surgem na rua vozes de impaciência e de incompreensão.
Prontamente amplificadas pela imprensa, essa voraz máquina que tem que justificar com notícias, a existência de 3 diários desportivos.
Não esperava, mas mais do que Aimar, mais do que Urreta, é Quique Flores o alvo da vox populi.
E a falta de qualidade, mas sobretudo de consistência do jogo da equipa, o móbil para tais ataques.
"Porque não se repete duas vezes a mesma equipa", ouve-se por esse país fora...
Cada cabeça sua sentença, bem sei.
Mas é com ironia que vislumbro nessa alternância de jogadores um ponto de força, mais do que de fraqueza.
Porque qualquer equipa que queira ser realmente grande tem que contar com um leque alargado de jogadores que podem entrar sem sobressaltos no esquema de jogo delineado.
Qualquer jogador que queira jogar de vermelho tem que conhecer o banco, tão bem com conhece o rectângulo mágico.
A convocatória para o próximo jogo tem que ser recebida com ansiedade por quem sonha nela figurar.
E o único caminho para o merecer tem que ser o trabalho durante a semana, não o nome nas costas.
Não podemos voltar ao passado, em que o plantel se resumia a 11 jogadores essenciais.
Em que o pânico se instalava quando Simão não podia jogar.
Quando Luisão era castigado. Quando Quim se lesionava.
Jorge Ribeiro tem que merecer o lugar de David Luiz.
Cardozo tem que mostrar que é melhor que Suazo.
Quim terá que encontrar o caminho de volta à a baliza de Moreira.
Sidnei tem que conquistar o lugar de Miguel Vitor.
E Nuno Gomes o de Aimar.
É esse o caminho.
O 1º lugar e, sejamos honestos, o futebol praticado, consideravelmente melhor do que o das
últimas temporadas demonstra-o.

Haja paciência.
E os resultados surgirão.
Em 2009, são os meus votos.

Pedro Rui


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

fraude

fraude:
acto de má-fé praticado com o objectivo de enganar ou prejudicar alguém; burla; engano; logração

Anular um golo, precedido de penalty por mão de um jogador no Nacional da Madeira em plena grande área, assinalando falta contra o Benfica não merece outra definição.

Pedro Rui