domingo, 26 de abril de 2009

Volta...

Somos bons a descobrir conspirações.
Lava-nos a alma encontrar um bode expiatório.
Uma explicação glamourosa para os pequenos precalços da vida.
Uma grande cabala para ocultar grandes deslizes.
A campanha negra do Freeport ou a conspiração para lesionar Hulk.
Sócrates não tem dúvidas.
Tomás Costa traduz, em castelhano, o que o balneário Portista já sabia.
Estranha-se que nada tenha feito para o proteger.
O clube preocupa-se agora com a protecção aos jogadores talentosos, alvos de marcação impiedosa.
E com os árbitros que demonstram complacência perante tais acções.
O clube que acolheu com orgulho Paulinho Santos, Jorge Costa ou Fernando Couto.
Que defende a forma impetuosa de Bruno Alves disputar a bola.
Que vê em Pedro Emanuel uma referência.
E que ridicularizou ao limite a frase "deixem jogar o Mantorras"...
Sim, coerência nunca foi apanágio do Dragão.
Mas o ridículo comunicado da SAD, seco e pretensamente objectivo, teve em mim um insuspeito efeito.
Fez-me ansiar pela volta de Pinto da Costa às declarações públicas.
Dele, do portador de alegrias, sempre soube o que esperar.
Declarações deselegantes, roçando a boçalidade, cheias de risonha hipocrisia.
Transvestidas de frases sérias, com uma pitada de humor.
Vislumbrando a óbvia verdade que só os mal intencionados sulistas recusam.
Sim, é assim Pinto da Costa.
Mas dele sabemos o que esperar.
O anedotário popular beneficia sempre que fala.
Da SAD só o ridículo.
Como citar Newton para justificar a queda de Lisandro no célebre Penalty de Pedro Paixão...
Volta Jorge Nuno, estás perdoado.

Pedro Rui

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