terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pedro Mantorras

Se avaliarmos o valor de um indivíduo em função dos afectos criados, então Pedro Mantorras não tem rival no panorama do futebol Português...
E se não é hoje um jogador de excepção, deve-o à crueldade do futebol.
Aos azares da vida, que lhe roubaram a carreira, mas não impediram a veneração dos Benfiquistas.
Pelo contrário.
A sua capacidade de sobrevivência serviu apenas para o elevar à categoria de lenda.
Porque, cada vez que o seu joelho sucumbe, cada vez que lhe decretam o fim da carreira, ele teima em renascer e surgir, imorredouro e messiânico, qual D. Sebastião emergindo do Tejo no Cais das Colunas.
Como subiu ao relvado da Luz no meio do dilúvio, no último domingo.
Onde, apesar do dilúvio e depois de meio campeonato perdido, lhe bastaram 4 minutos para fazer o que melhor sabe: salvar o Benfica.
Com magia negra.
Porque basta-lhe levantar-se do banco para as bancadas se transfigurarem.
A sua entrada em campo, faz a equipa transcender-se.
E quando Mantorras marca,o transe colectivo instala-se no estádio.
É assim Pedro Mantorras.
Pertence-nos.
É património do Benfica.

Pedro Rui

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