terça-feira, 1 de julho de 2008

Campeones

Afinal não é inteiramente injusto, o futebol.
Ao contrário de 2004, ganhou a melhor selecção.
A que mais fez pelo jogo.
A cigarra não se viu ontem. As formigas tiveram o justo prémio.
A Mannschaft foi igual a si mesma. Fraca e cínica.
Mas Ricardo não estava lá. Rustu havia rumado a casa.
E Schweisteiger falhou na jogada que por três vezes levou a bola à baliza adversária.
Espanha, honra lhe seja feita, foi inteligente e soube aproveitar as debilidades alemãs.
Torres fez a cabeça em água aos centrais.
E soube, no lance do golo, aproveitar a interpretação lata das leis do jogo, que os árbitros usaram neste campeonato.
Nunca desistiu da bola e, temerário, soube impor-se a Lahm.
Sérgio Ramos e Puyol, seguiram a mesma bitola, mostrando a Ballack e companhia, que os "baixinhos" do sul também sabem meter o pé.
Também sabem jogar duro.
Souberam acalmar o jogo quando se impunha, souberam inflamar os ânimos, quando tinha de ser...
Impressionou a forma como aguentaram a investida inicial dos Alemães.
E chegou a ser genial a reacção com que puseram fim a nova investida alemã, na segunda parte. Depois disso, restou o desnorte bávaro.
Lamento, no entanto, a displicência de Iniesta, que, depois de chegar com brilhantismo à área de Lehman, desbaratou a oportunidade de matar o jogo. E embalar, quem sabe, para um resultado histórico.
E lamento a falta de instinto goleador de Senna quando resolveu tentar a sua sorte na área, tendo falhado por pouco.
Depois de um jogo de sacrifício, de sombra, merecia o golo, o Brasileiro.
Para bem do futebol saiu gorada esta nova invasão bárbara.
A península mostrou a sua fibra.
Gracias España!

Pedro Rui


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