sexta-feira, 11 de julho de 2008

Dadá Maravilha

Foi sem esperar nada mais do que um prato de feijão tropeiro que entrei no Mineirão, naquela noite de Agosto.
O Atlético atravessava, sob o comando de Leão, uma fase deprimente, daquelas que só aos clubes míticos se permitem.
O jogo era um Atlético - Corinthians, que não prometia mais do que isso: um prato do lendário tropeirão que só se encontra nessa catedral do futebol Mineiro.
A companhia, meu cunhado Marcelo, Cruzeirense, Diniz e André, Corinthianos...
Começou bem a noite, com a ansiada iguaria e dois dedos de animada prosa.
Mas, já se sabe, entrar num estádio é como embarcar na enterprise rumo ao desconhecido.
E a certeza de que o que começava ali era uma memorável noite de veneração ao futebol, surgiu, pairando no ar que nem helicóptero, levitando feito beija-flor.
Dário José dos Santos, com microfone na mão flutuava sobre a multidão, escolhendo os eleitos para uma breve conversa.
Não terá sido a cruz de malta com as quinas que ostentava ao peito que o atraíu até mim.
Não. A estatura de ídolo confere a Dadá imunidade à gravidade e a símbolos terrenos.
Já o nº 10 nas minhas costas, quando associado ao nome de Rui Costa, tem pouco de terreno.
Tenha sido essa combinação mágica ou o simples acaso, Dadá Maravilha foi trazido até mim, para uma conversa de 30 segundos.
Que apenas me deu a certeza de que os magos do futebol existem de facto.
O jogo?
5-2 para o Galo, com direito a um emocionado abraço do companheiro da fila da frente por cada golo alvinegro.
Abraço a mim, a Marcelo, Diniz e André, que, resignados o aceitaram de braços abertos.
É assim. É terrritório mágico um estádio de futebol...
Pedro Rui

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente o sabor do futebol brasileiro é bem diferente. À alguns anos tive a sorte de com um grupo de amigos ver um jogo entre o Botafogo e o Fluminense no Maracanã, jogo vivido intensamente na claque cheia de fãns avidos de golos e de emoção. Todos torciamos e todos gritavamos golo injuriando vezes sem conta o árbitro. Agora lembro-me de dois factos curiosos, primeiro não me lembro de quem ganhou, lembro-me sim é que na viagem para o estádio com a adrenalina a mil ouvimos na rádio entre gargalhadas que o Sá Pinto tinha dado uns tabefes no Artur Jorge...

Anónimo disse...

não te ficava mal se falasses também de brasileiras, só pra desenjoar!! =) e vê lá se começas a publicar mais posts amiúde, caso contrário deixo de ser assinante desta porra... e espera lá que ainda não acabei, já punhas ao dispor do pessoal um link para um dicionário virtual qualquer porque usas cada palavrão que até envergonha o manuel machado e o seu machadês!! tenho dito, bjufa grande até setembro gostoso...