quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Maradona joga na Luz

Confesso que não esperava.
Não esperava ver o Nápoles sair derrotado da Luz.
Não esperava ter tanto prazer em ver o Benfica jogar.
Não esperava.
Não esperava ver o que hoje vi.
O que vi hoje surpreendeu-me.
E o que vi foi um Benfica dominador, autoritário, a jogar futebol consistente e de grande qualidade.
Vi Ruben Amorim a espalhar classe pelo campo.
Vi Sidnei a esbanjar segurança.
Yebda a dominar o espaço.
Vi Luisão a recuperar uma bola a meio campo
E vi, ao invés de um alívio, uma entrega perfeita a Katsouranis.
Vi o grego, sem demora a abrir para Reyes.
Vi Reyes a marcar, mais uma vez, um grande golo de pé esquerdo.
Simples. Mais simples não podia ser.
Mas revela a preocupação em construir jogo.
Revela a obcessão por ter o domínio da situação. Sempre.
E, perante o desespero dos Italianos, vi calma.
Toda a calma do mundo na forma como Carlos Martins cruza para Nuno Gomes.
Para o exacto local para onde Nuno Gomes se desloca.
Calma na forma como o 21 cabeceia e marca.
Vi o génio de Di Maria à solta.
A quem falta pulmão, é certo.
Mas o génio está lá.
O pulmão virá com trabalho.
Futebol já temos.
Os resultados virão com trabalho.
E os título como o tempo.

Pedro Rui

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