quarta-feira, 15 de outubro de 2008

sobre brasas

Foi um jogo infeliz, reconheço.
Infeliz e fraco.
Queirós tentou surpreender na tática, mas errou nos escolhidos.
Miguel não tem lugar na direita.
Quaresma esteve ao nível do pior que lhe conhecemos.
Individualista e inconsequente.
Nani perdeu-se, sem saber muito bem o que fazer.
Ronaldo bem tentou, mas não lhe saiu bem, o jogo.
É difícil de aceitar, mas acontece.
Há noites assim.
Mas Queirós esteve mal.
Mal nas opções
Nuno Gomes deveria ter entrado mais cedo.
Carlos Martins teria sido uma opção interessante.
Mal nas reações, intempestivas, de cabeça perdida.
Igual a si mesmo, há 10 anos atrás, nos tempos do Sporting e da primeira passagem pela Selecção.
Mas nada justifica a crucificação pública por parte dos media.
Que não hesitam em apelidar de inaceitável este resultado.
Que não se cansam de por em causa as escolhas do Seleccionador.
E que curiosamente se calavam ao primeiro berro de Scolari.
Não se lembram, agora, do empate a 2 com o Lichtenstein, na qualificação apara o Mundial da Alemanha.
Não recordam o jogo com a Arménia, que terminou 0-0, rumo ao Euro-2008.
Sejamos realistas: resultados como estes são cada vez mais frequentes.
Nunca ficaremos satisfeitos com eles, mas teremos que os aceitar.
Com calma e serenidade.
Calma e serenidade de que Queirós necessita, para levar até ao fim o seu contrato.
E que terá que vir de todos, Madaíl incluído.
O Comandante deverá ser o último a abandonar o navio.
Não lhe fica bem abandonar a tribuna a 10 minutos do fim do jogo.
Calma e serenidade é o que precisamos para dobrar o Cabo da Boa Esperança.
Lá para 2010.
Sem ela não chegaremos nem ao cabo das Tormentas.
Onde Adamastor nos espera.

Pedro Rui



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